Nosso ponto de partida nessa quarta-feira foi novamente o restaurante Mi Viejo Ranchito. É que o estacionamento perto da rodovia, mas escondido em meio à natureza e com segurança 24 horas era simplesmente perfeito pra gente. Assim, desfrutamos de toda cordialidade dos gentis proprietários Ulisses, Fernando e de Dona Yolanda.
Era pra ser nosso último dia na região de Masaya. Mas passar por Nicarágua e não ir até o vulcão que leva o nome da cidade era um verdadeiro desperdício. Quando teremos oportunidade de voltar à Nicarágua? E ainda tinha Granada ali pertinho, uma das primeiras cidades fundadas por europeus no continente americano, rica em história e tradições.
Era dia de deixar a gastronomia um pouquinho de lado para prestigiar as belezas naturais do país e comemorarmos nosso aniversário de 5 anos de casados.
“Péra” aí, gastronomia de lado? Não né! Por volta das 9 horas fomos convidados a tomar café da manha no Mi Viejo Ranchito. “O” café da manhã, diga-se! Os Nicas também costumam tomar café da manhã de caminhoneiro. Numa porção individual veio ovos mexidos com presunto e quijo, gallo pinto (arroz e feijão), tortillas e queijo semi maduro salgadinho. No lugar do café, pedimos chá de Flor de Jamaica bem típico para acompanhar.
Com energia de sobra era hora de gastar um pouco das calorias caminhando pelo centro de Granada. A cidade é ponto de apoio dos turistas estrangeiros que vem conhecer o país. O centro histórico é muito bonito, preservado, bem diferente do que se vê algumas poucas quadras dalí, onde o comércio popular invade as ruas. Era quase como se estivéssemos na vinte e cinco de março, em São Paulo.
Depois de perambular por lá (e comemorarmos nosso aniversário de casamento reservando assentos em um vôo que nos levarão a Cuba no inicio de Maio), voltamos ao Mi Viejo Ranchito para nos despedirmos pessoalmente de Ulisses. Nessas alturas o café da manhã ainda forrava nossos estômagos e nem conseguimos provar o vigorón, prato típico de Granada que leva mandioca, torresmo e salada de repolho.
Chegamos no restaurante no meio da tarde quando passava na televisão os momentos finais do jogo entre Juventus e Real Madrid, na final da Liga dos Campeões. Acabamos sentando para acompanhar os momentos decisivos com Ulisses. Falta na área no último suspiro. Cristiano Ronaldo marca o pênalti. Real Madrid é campeão pra felicidade geral dos hondurenhos tão fanáticos por futebol quanto os demais países latino americanos.
Depois da comemoração, Ulisses saca a chave do carro do bolso e diz: “Venham, vamos dar uma volta“.
Ulisses nos levou pra tomar uma cervejinha e provar tostones com queijo frito no principal cartão postal de Masaya, a Laguna de Apoyo. Quer dizer, creio que a Laguna seja o segundo local mais visitado da cidade já que o primeiro destino turístico da região é o imponente Vulcão Masaya. Diferente de todos os outros vulcões em atividade que vimos até agora, esse se distingue pelo fácil acesso. Nada de longas caminhadas para chegar ao seu cume. Alguns minutinhos de carro desde a entrada principal do parque e você já fica cara-a-cara com a cratera do vulcão!
É claro que a gente foi lá conferir mais essa beleza natural da Nicarágua. Deixamos para ir à noite, quando o contraste da escuridão com a lava incandescente deixa o espetáculo ainda mais impressionante. Chegamos por volta das sete horas e pagamos U$10 para cada um. Durante o dia o passeio é mais barato (se não me engano custa U$5). Por questões de segurança, quinze minutos é o tempo máximo permitido para visitar o vulcão.
A foto fala por si só! Para alguns pode parecer um pouco assustador chegar tão perto da cratera, mas ao vivo a vista é hipnotizante!
Dia 11 de abril de 2018: jamais vamos esquecer esse dia!