E conhecendo mais comidas típicas da Nicarágua
Era dia de seguir viagem. Não fomos muito longe porém. Menor que o Estado do Ceará, na Nicarágua tudo fica a poucos quilômetros de distância.
Depois de tomarmos um delicioso café-da-manhã e recolher algumas mangas no jardim da casa de Ulisses, partimos sentido à Manágua, a capital Nica. Nosso tour pela cidade que possui mais de dois milhões de habitantes começou bem doce. Fomos até a fábrica de Chocolates Momotombo, que a partir da matéria-prima cultivada em várias fazendas diferentes do país, elaboram chocolates de qualidade superior no país. O que mais nos impressionou foi a diversidade de produtos oferecidos.
Provamos alguns (vários! rs) e a cada mordida uma surpresa diferente! Castanha de caju, sal com caramelo, banana e abacaxi são algumas combinações que nos agradaram bastante. Mas nenhuma era melhor que a versão chamada de “afrodisíaca”. Com cardamomo, amendoim tostado, amêndoas e especiarias como pimenta na fórmula, o chocolate afrodisíaco da Momotombo era mesmo um deleite!
Depois de ganhar muitas calorias, fomos caminhar pelas passagens estreitas do mercado público da capital. Ali vimos mamões gigantes, muitas pimentas, queijos defumados, tendas de roupas, brinquedos, carnes, peixes …tudo junto e misturado.
A bagunça generalizada entretanto já não nos causa mais estranheza. Depois de visitar mercados públicos no norte e nordeste brasileiro, no interior do Peru e no norte da Colômbia nada mais nos assusta! Mas sempre, sempre tem alguma coisa nova pra conhecer.
No Mercado Roberto Huembes vimos pela primeira vez como funcionam os moinhos, os pequenos espaços dentro dos mercados que tem a importante missão de transformar o milho em massa de tortilha, o produto mais consumido na América Central. Vários restaurantes e também particulares levam o insumo para esses lugares que tratam apenas de processá-lo. Além do milho outros produtos são moídos lá, como tomate, para fazer molho, e sementes de cacau, para fazer chocolate.
Outra comida típica que nos chamou atenção foi o “encurtido”, saladas com repolho marinadas em temperos e vinagre vendidas em sacos plásticos. Algumas levam ainda cenoura ou rabanetes. Essa salada é um ícone dos países centro americanos, muito consumidos desde a Nicarágua até El Salvador.
E por fim e, não menos curioso, vimos mandiocas parafinadas. Não tínhamos encontrado mandioca dessa forma em nenhum outro lugar. A mandioca é mergulhada na parafina derretida pra durar mais tempo. Segundo pesquisas, com esse processo a mandioca chega a durar 60 dias! Imaginamos que deva ser um processo utilizado para exportação já que mandioca se encontra fresca em qualquer cantinho escondido da América Central.
Quando saímos do mercado era quase meio-dia. Fomos atrás do Baho, uma comida bem típica da Nicarágua a base de, adivinhem, mandioca. Também leva carne bovina, plátano verde e banana madura, tudo junto, misturado, cozido no vapor em folhas de bananeira.O prato tem origem indígena, mas é muito fácil encontrá-lo na capital. Vinicius gostou. Eu achei que faltava sabor. Assim ficamos no 0X0 em relação ao Baho. Teremos que prová-lo outra vez para desempatarmos o placar.
Depois da investida gastronômica, demos um giro pelo centro da cidade, passando em frente ao prédios do governo federal e só. Não nos demoramos muito a seguir caminho. Cidade grande não faz muito a nossa cabeça e além do mais tínhamos compromisso agendado com Jim! Mas essa é outra história… que será contada no post da sexta-feira 13!