Dia 128 – 7 de Janeiro – Domingo: Café da manhã reforçado em Barranca

Depois de uma noite com intensos problemas digestivos, acordei um pouco melhor. Ainda bem, porque o dia começaria com mais comida exótica. Aguardamos até às dez da manhã para nos dirigirmos ao restaurante que serve o prato típico da região de Barranca, o Tacu Tacu.

É um prato que leva arroz, feijão, ovo e pode ser recheado com frango, peixe ou mariscos. A novidade fica por conta da montagem. O arroz é misturado à pasta feita com o feijão cozido, formando uma massa consistente que reveste o recheio. Tudo é frito na frigideira.

                                                                          Tacu Tacu recheado com linguado – prato típico da costa norte peruana

Vinicius achou a combinação e o preparo interessantes. Eu confesso que esperava um pouquinho mais já que bastam arroz e feijão pra me deixar feliz.

Depois do café-da-manhã reforçado partimos em direção às Cordilheiras Brancas, uma parte da cordilheira andina que fica nevada o ano inteiro. Mais uma vez deixamos o calor seco do litoral para subir a serra e atingir mais de 4000 metros de altitude. O caminho sinuoso nos levaria até o Parque Nacional de Huascarán, famoso por conter ao longo dos seus 180 km de extensão 16 picos nevados e lindas lagoas formadas pelas águas azuis que descem das montanhas. Há muito o que ver por lá e se você curte natureza, trilha, escaladas vale muito a pena. É um lugar fantástico!

Tacu Tacu Peruano
                                                                                 A caminho do Parque Nacional das Cordilheiras Brancas

Dentre as várias opções elegemos conhecer o Glaciar Pastoruri que fica quase a 5000 metros de altitude, entre picos nevados e paisagem estonteante. Chegamos na entrada do parque por volta das três da tarde e já não era possível adentrar. Já estávamos prevendo isso e sem maiores problemas ficamos por ali mesmo, no estacionamento do parque, para poder acessá-lo logo cedo na manhã seguinte.

                                                                            Somente nossa casinha no estacionamento do Parque

Nessa hora a temperatura já pedia um casaco reforçado. O tempo estava encoberto e quase não era possível ver as montanhas. Logo começou a chover e o cansaço da altitude nos pegou. Nesse cenário nossa melhor opção era descansar. Só saímos debaixo dos cobertores, umas duas horas depois, para preparar um delicioso chocolate quente.

Aliás, foi Chalo, lá de Puerto Maldonado que nos falou sobre a tradição peruana de tomar chocolate quente, em especial na época do Natal. Nos mercados encontramos barras de chocolate específicas para o preparo da bebida. É só levá-la ao fogo com um pouquinho de água, deixar derreter e acrescentar leite. Fica muito bom, principalmente se você estiver a uma temperatura aproximada de 5ºC!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *