Dia 129 – 8 de Janeiro – Segunda-Feira: Neve!!!

Apesar do frio e da chuva a noite foi muito tranquila. Éramos os únicos no local e o silêncio das montanhas nos fez dormir muito bem. Pela manhã o tempo estava melhor e ao sair do carro nos deparamos com as montanhas nevadas ao fundo.

                                                                                      Pela estrada do Parque logo cedinho  

O frio não dava trégua. Fizemos café, nos encapotamos com casacos, luvas e gorros e às oito da manhã entramos no Parque ao preço de 10 solis por pessoa. Da entrada até o ponto mais próximo que se pode alcançar o glaciar de carro são pouco mais de 15 km. No caminho é possível ver uma pequena caverna com inscrições ruprestes, fonte de água gaseificada, e paisagem cheias de puyas (uma planta bem exótica de cor dourada) e montanhas nevadas.

                                                                          A floresta de Puyas no Parque Nacional Huascarán

No trajeto até onde o caminho termina, uma chuva fina começou que logo deu lugar à neve! Ver neve caindo era um dos meus grandes desejos antes de partir nessa aventura e sinceramente não achei que fosse acontecer tão cedo. Afinal estamos próximos da linha do equador e no verão. Foi demais!

                                                                      Pequenos flocos de neve caindo na entrada que dá acesso ao Glaciar

Depois que o caminho termina é preciso caminhar mais uns quarenta minutos até chegar ao Glaciar. Fizemos o caminho todo embaixo da neve fina. Se por um lado o tempo não ajudava a ver o glaciar em toda a sua grandeza, ao menos pudemos desfrutar e nos encantar com aquele fenômeno meteorológico que só se vez no Brasil raramente.

                                                                             Muita roupa e chá de coca pra enfrentar o frio e evitar o “soroche”

Depois da caminhada no parque seguimos em direção à Huaraz, a cidade que recebe os turistas que vem visitar as atrações naturais da Cordilheira. Chegamos por volta das duas horas da tarde, encontramos um hostal para ficarmos e fomos em busca de almoço.

Menu por 6 solis, com primeiro e segundo pratos. Sem salada crua. Sem comida suspeita. Sem dar chance ao azar dessa vez. A sopa de galinha, o seco de cabrito e o ovo com banana frita deram conta do recado.

Voltamos para o hostal e lá passamos o resto do dia trabalhando. À noite estávamos com muuuita vontade de comer pizza e decidimos ir a procura de uma pizzaria. Sim, onde há turistas, há pizzaria, a comida universal. A primeira que tínhamos localizado no mapa estava fechada. A segunda, alguns quarteirões a frente, nos serviu uma pizza deprimente… A massa era leve, sem sabor, parecia pão frito, sei lá, difícil descrever. Chegamos a conclusão de que era pizza pronta que se compra em mercado.

Com tantas opções de pratos típicos peruanos deliciosos talvez tenhamos errado na escolha. Deixemos as pizzas para quando chegarmos na Itália!

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *