Dia 335 – 2 de agosto – Quinta-feira: Provando o Mundo na versão Masterchef!

Tem dias em que o Universo se supera. Nossos dias pelo México foram fantásticos e essa quinta-feria não foi diferente. Conhecemos pessoas super amáveis, degustamos excelentes vinhos e tivemos uma experiência diferente: participamos de um processo seletivo dos melhores pratos preparados pelos alunos do curso de Gastronomia da Universidade Viscaya de Las Américas.

Mas comecemos pelos vinhos!

Fomo super recepcionados na vinícola Las Nubes, uma das mais bonitas do Vale e certamente com uma das melhores vista de todo o Valle de Guadalupe.

A casa conta com 10 diferentes rótulos, sendo um deles branco e um rosé. A primeira safra da vinícola Las Nubes foi em 2008, com seu rótulo mais representativo, o Nebbiolo. Estevan Carrion Guerrero, que nos acompanhou em toda degustação, nos falou que o clima mediterrâneo e a mesma latitude do país da bota permitiram que a uva italiana se adaptasse muito bem ao Vale. Mas diferente do vinho produzido na Itália, o sabor do Nebbiolo mexicano apresenta uma carência de frutas, predominando totalmente a madeira.

O Nebbiolo foi o último dos cinco rótulos da vinícola que tivemos a oportunidade de provar.

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Entrada para o céu: Vinícola Las Nubles
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Degustação de vinho harmonizada com entradinhas: ponto para a Las Nubles!

Começamos com uma boa mescla de 70% Sauvignon branco e 30% Chardonay, o único vinho branco da casa. Notas de goiaba, maçã verde e abacaxi podem ser facilmente sentidas. Vinho perfeito para iniciar um jantar ou acompanhar um ceviche!

Seguimos provando o rosé da casa, uma mescla de 60% Garnacha, 20% Carignan e 20% Syrah que, geladinho, caiu perfeitamente para aquele dia quente de verão. Aliás, era o rótulo mais consumidos pelo público presente na vinícola naquela quinta-feira ensolarada de verão. 

O terceiro vinho foi o Seleção de Barricas, colheita de 2017, bem frutal, com 6 meses de guarda em barrica francesa e americana. Uma mescla de Garnacha e Cabernet que saiu bem frutal, sem muito tanino, facinho, facinho de tomar. Bom para presentear a quem está iniciando no mundo dos vinhos!

Cumulos foi o quarto rotulo degustado, safra 2013, com Garnacha, Carignan e Tempranilho, 12 anos de guarda em barris de carvalho francês e americano e 12 anos de guarda em garrafa. Um vinho um pouco mais complexo, encorpado, com toques de ameixa, figo e especiarias. Ainda assim, bem ligeiro e gostoso de tomar. E combinou perfeitamente com o chocolate! 

O grand finale ficou por conta do Nebiollo, safra 2015, envelhecido por 12 meses em carvalho francês. Na verdade se trata de uma mescla, 85% Nebiollo e 15% Petit Sirah, onde predominam notas mais defumadas, café, tabaco e chocolate amargo. A presença de taninos pede uma harmonização com um bom corte de carne. É um vinho mais intenso tanto em cor, sabor, como em aroma.

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Ernesto servindo um vinho branco para começar a conversa
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Nebbiolo: a uva italiana fazendo bonito no México
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Vinhos Las Nubles descansando em barris de carvalho americanos, franceses e húngaros.

Depois de tanta conversa sobre vinho e uma visita pelas novas instalações da vinícola, partimos em direção à cidade de Ensenada, que fica a 40 km do Vale e aí a história foi outra!

JURADOS DO “MASTERCHEF” POR UM DIA

Fomos convidados por Alan pelo chef e coordenador do curso de Gastronomia da Universidade de Viscaya para uma missão especial: sermos jurados da semifinal da competição que escolherá o aluno-chef com o melhor desempenho entre os 24 participantes. Um Masterchef da Universidade.

A prova não era fácil. Os sete semifinalistas tinham que preparar uma entrada, um prato principal e uma sobremesa com as técnicas da cozinha francesa. Nosso desafio era selecionar apenas quatro que passariam para a grande final, agendada para as semanas seguintes.

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Prova de fogo: avaliar 20 pratos em 2 horas
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Chef Alan repassando os detalhes da avaliação

Ao todo, provamos 7 entradas, 7 pratos fortes e 6 sobremesas (uma das participantes não entregou a sobremesa a tempo). Sabor, técnicas utilizadas, apresentação e coerência com a cozinha francesa foram os quesitos analisados. Avaliar os pratos não foi assim tão difícil, afinal estamos fazendo isso de uma certa forma desde que saímos de casa. O difícil mesmo foi comentar as preparações com os alunos e escolher os melhores. Todos estão aprendendo, cada qual tem sua personalidade e os sete tinham potencial para chegar a final.

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Prato forte apresentado por um dos alunos
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Sobremesa com mousse e morangos assados
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Campeões da etapa: os 4 finalistas do concurso
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Alunos do curso de Gastronomia da Universidade de Viscaya de las Américas

Foi uma experiência e tanto poder conhecer um pouco da Universidade, conhecer os futuros chefs mexicanos, compartilhar um pouco da nossa história e incentivá-los a seguir a diante nessa linda carreira que escolheram.

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