Volta ao Mundo: Dormir em barraca de teto ou adaptar o carro?

Como não podemos ter um carro grande o suficiente para montarmos uma cama convencional, tínhamos duas opções: ou colocávamos uma barraca de teto sobre o carro ou inventávamos algum modo mirabolante de colocar uma cama para dormir dentro do carro.

Por mais maluco que possa parecer, ficamos com a segunda opção!

Acampanado em Torres del Paine, em 2009.

A ideia da barraca de teto automotiva sempre me pareceu boa. Conversei com amigos que possuem e questionei sobre a questão de tempo de montagem. Todos me falaram que era super rápido. De fato, leva-se menos de 5 minutos para armá-la, desde a saída do carro até estar na cama lá em cima.

Pensamos um pouco mais, pesquisamos muito, descobrimos trezentos jeitos de dormir dentro do carro. Vimos que a maior parte das pessoas que tem uma Toyota SW4 como a nossa faz uma cama dentro do carro.

Um platô é montado sobre o espaço onde ficam guardadas todas as roupas e equipamentos.

Não era uma má ideia, mas o acesso às coisas é complicado e a cama não fica “pronta”, ela deve ser montada e desmontada todos os dias. Sei que parece exagero, mas após todo esse tempo que passamos na estrada, em viagens bem mais curtas do que os três anos que vamos fazer, descobrimos que as coisas devem levar pouco tempo para serem feitas, se não se tornam exaustivas e muitas vezes acabamos por não curtir tanto o caminho por termos que ficar realizando várias tarefas que tomam algum tempo.

A foto acima mostra como dormíamos antes, em uma barraca de chão que tinha que ser montada, limpa e desmontada todos os dias. Tínhamos também um colchão de ar que tinha que ser enchido e esvaziado todo os dias, isso tudo depois de algum tempo procurando um local para acampar… imaginamos que três anos neste ritmo seria um grande tempo desperdiçado, desgastante, enfim, um problema para a viagem.

Já a barraca de teto ganharia na praticidade e, apesar de não ser barata, seria mais econômica que a adaptação que acabamos fazendo no final. Contudo, foi a soma dos pontos negativos de usar uma barraca de teto, com os positivos do “nosso sistema” que nos levou a abandonar a ideia da barraca de teto, que certamente teria sido a nossa opção em uma viagem mais curta.

Aí estão alguns poréns que fizeram a gente desistir da barraca de teto:

-O fato de não estar interligada com o restante do carro;

-Não ser possível ficar em pé dentro dela;

-A trabalheira para enxugar antes de guardar no caso de chuva (isso sem considerar a possibilidade de ter entrado água nela);

-No calor e no frio ela não seria a opção mais confortável.

Em um posto de gasolina, no México.

Dizem que cada um acha o seu jeito e acabamos achando o nosso. A adaptação do carro foi baseada em um sistema que os gringos gostam de fazer, sobretudo na Europa. O teto é pop up (levanta como se fosse uma barraca de teto) e vem com uma cama acoplada, que abaixa depois do teto levantar.

Acampando à beira mar, na Costa Rica

A grande vantagem desse sistema é que quando estamos com a cama levantada, podemos ficar em pé dentro do carro, o que nos permite cozinhar, trocar de roupa e lavar a louça confortavelmente dentro do carro. E, quando queremos deitar, basta abaixar a cama (que mede de 120 cm x 195 cm) e ela está lá, com os nossos lençóis e travesseiros limpinhos, prontinha pra dormir.

Fora isso, o material usado no novo teto do carro, conhecido como Divinycell, confere um insolamento térmico que faz com que não soframos tanto no frio ou no calor.

Para saber mais sobre a adaptação do carro para a nossa viagem gastronômica de volta ao mundo, leia também o post que escrevemos depois de seis meses na estrada, clicando aqui.

Assista também ao vídeo que fizemos quando fomos pegar o nosso carro depois da adaptação!

O que você achou da nossa nova casa?

2 Comentários

    1. Oi Rafaela, tudo bem? Como podemos ajudar? Ele pode falar com a gente por aqui, por e-mail [email protected] ou pelas redes sociais. Ele pode mandar inbox também! @provandoomundo no Instagram e Facebook/provandoomundo. Já seguem a gente lá? Abraços, Dani e Vini.

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