Dias 242 a 244 – 1 a 3 de maio – Terça a Quinta-Feira: Playa del Carmen e Cancun – quem viu?

Primeiro de maio, dia mundial do Trabalho. Aqui nessa região do México a data também é comemorada com feriado. Deixamos Tulum logo cedo sentido a Cancun. No meio do caminho, porém, resolvemos entrar na cidade da badalada Playa del Carmem, para darmos uma espiada, ver qual é o clima do lugar e o que acontece num dos mais famosos balneários do mundo.

O feriado, entretanto, atrapalhou nossa passagem por lá. Procuramos algum lugar para tomar nosso café da manhã, mas muitas coisas estavam fechadas. Uma passeata em razão do dia do trabalho impedia o acesso a várias ruas no centro da cidade. Foi assim que em menos de dez minutos por lá decidimos tocar em frente e, quem sabe, retornar depois da nossa viagem a Cuba.

Já na saída da cidade encontramos um lugar aberto com placa de desayuno. Paramos e fomos olhar mais de perto. Era um lugar muito simples com um buffet logo na entrada. Nos rechauds, vários tipos de guisados diferentes para acompanhar as tortilhas que saiam da chapa quentinha. Vinicius pediu seu taco com cochinita pibil, carne de porco defumada e desfiada, com arroz e salada de repolho. Estávamos finalmente no México que havíamos sonhado! Comida simples e cheia de sabor!

Depois seguimos viagem e um poco antes das dez da manhã já estávamos em Cancun, um dos top destinos turísticos do mundo. Era de Cancun que sairia nosso vôo à Cuba nos dias seguintes e ali deixaríamos nosso carro enquanto estivéssemos desvendando a gastronomia da ilha de Fidel.

Graças ao nosso anjo chamado Alejandra, a mexicana que conhecemos no reveillon em Lima, conhecemos Cláudia que mora em Cancun com sua família. Foi ela que nos recebeu e carinhosamente nos acolheu por ali. Já dissemos aqui e voltamos a repetir. Nossa viagem não seria a mesma sem o apoio de inúmeras e preciosas pessoas que abrem suas casas, contam suas histórias e compartilham conosco – por alguns dias – esse sonho de viajar o mundo. Não nos cansamos de agradecer ao universo por nos brindar com a companhia de pessoas tão especiais.

Na quarta-feira, às vésperas da nossa viagem para Cuba, deixamos os encantos de Cancun de lado para nos focarmos no planejamento dos dias que viriam. Antes de nos sentarmos a frente dos computadores, demos um pulinho no mercado que fica ao lado da casa de Cláudia. É um mercado grande, com boa oferta de produtos nacionais e importados. Compramos pão para o café da manhã, granola, abacates e ingredientes para preparar uma receita típica brasileira para a família que nos recebeu no México: bobó de camarão.

Bobó de camarão “brasuca-mexicano”

Não foi assim tão fácil achar tudo o que precisávamos. Não encontramos nem azeite de dendê nem leite de côco. Acabamos fazendo com azeite de achiote (um azeite misturado com urucum) e leite de côco fresco, que preparamos a partir do côco natural. No final o prato ficou gostoso embora diferente do nosso bobó original do Brasil: a mandioca no México tem um sabor diferente, menos acentuado e aparentemente com mais amido e não fica mole depois de cozida. Ainda assim deu pra matar saudade do gostinho de casa.

Pra acompanhar nosso bobó, Cláudia preparou uma salada com Nopales, que são “folhas” de cactus , parecidas com a nossa palma e muito consumidas no México, tanto em saladas como para preparar massas de tortilhas.

Nopales em conserva
O cactus já vem cortadinho. É só misturar com tomates e cebolas e a salada está pronta.

O resto dia foi diversão no mundo virtual, escrevendo, editando e fazendo contatos. Contávamos as horas para pegar nosso vôo à Cuba!

Já na quinta-feira foi dia de fazer as malas, arrumar o documentos, fazer as últimas pesquisas sobre o que ver e visitar em Havana. Assim preenchemos nosso dia até chegar a hora de irmos ao aeroporto. Cláudia nos levou até lá. Dissemos a ela que pegaríamos um táxi, mas quando nos avisou que custaria U$60 dólares para fazer o trajeto que leva menos de quinze minutos, aceitamos sua carona.

Estávamos em Cancún, onde tudo é voltado ao turismo, ou seja, onde tudo é caro, bem acima da média. Ainda não vimos de perto o que a cidade tem a oferecer e por ora nos pareceu bem absurdo o valor cobrado pelo deslocamento até o aeroporto. Depois que voltarmos de Cuba, vamos tentar entender um pouco mais dessa cidade tão cobiçada pelos turistas do mundo tudo.

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