Dia 227 – 16 de abril – Segunda-Feira: Fazendo amigos em Tegucigalpa

Com o peso do título de ser o país mais perigoso do mundo pouca gente se aventura a conhecer Honduras. Boa parte dos overlanders cruza o país num só dia, fazendo dele apenas uma passagem entre Nicarágua e El Salvador.

Não queremos parecer imprudentes, mas a menos que a coisa esteja incontrolável, a exemplo da Venezuela e da Síria, falta de segurança pública não pode ser um empecilho para descobrirmos o lado bom de um lugar. Quer lugar mais lindo e perigoso que Rio de Janeiro?

É claro que preferimos transitar livremente sem preocupação, mas temos pra gente que até nos países mais seguros o sinal de alerta deve estar sempre ligado.

Pra evitar qualquer problema nossa maior arma é a informação. Ouvir o que os locais falam, atentar aos conselhos dos que já estiveram no lugar e principalmente procurar sempre ter algum contato, algum conhecido no local. Em solo estrangeiro, ter um amigo ou alguém de confiança é um tesouro!

Por isso nossa passagem por Tegucigalpa foi tão sossegada e agradável. Passar um par de dias na companhia de Wilmer, Milena e Gabriel foi como se estivéssemos em casa, no Brasil. Falar português, escutar a TV ligada na novela brasileira, trocar ideias sobre a atual situação econômica e política do nosso país. Pra ser mais tupiniquim nossa passagem por Honduras, só se tivéssemos cozinhado feijoada ou pão de queijo.

Depois de um dia inteiro sentados na frente dos computadores trabalhando no projeto, fomos pra cozinha, mas para preparar algo bem hondurenho: pastelitos de perro. É uma empanada de farinha de milho com urucum, recheada com batata e outros vegetais amassados. A empanada é frita e na hora de servir ganha molho de tomate e salada de repolho com tomate por cima. Uma preparação gostosa, barata e totalmente vegana. E pra nós dois, que não podemos comer salada crua a qualquer hora e em qualquer lugar, foi uma festa.

Pastelitos de Perro: massa de farinha de milho com recheio de legumes
Tortilhas com queijo preparada por Wil no café da manhã
Uma acolhida bem brasileira em Honduras! Obrigado família!

Tegucigalpa pode não ser bonita, pode não ter grandes atrativos turísticos, pode não ser muito amigável a primeira vista. Todavia, daqui a alguns anos nada disso terá qualquer importância pra gente. O que ficará na memória são os momentos agradáveis e as amizades preciosas que fizemos por lá.

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