Dias 322 e 323 – 20 e 21 de julho – Sexta e Sábado: De pés pra cima em Culiacán

Se você não leu o post do dia anterior não sabe em que parte do mundo estávamos, então vou te falar: Culiacán, uma cidade grande do Estado de Sonora, no apartamento de Salvador, que não estava em casa.

Resumindo, ficamos dois dias sozinhos em um apartamento com ar condicionado. E esse detalhe, do ar condicionado, é super importante nessa região desértica do planeta: durante o dia fez 42°C.

E eu seguia com o pé inchado, mais inchado de que quando saímos de Morélia. Portanto, ficar com os pés pra cima era questão urgente. Voltando a tomar o medicamento certinho, colocando gelo e imobilizando, senti melhora já na primeira noite.

Enquanto isso, trabalho não nos faltava. Vinicius aproveitou as primeiras horas do dias, antes que o sol escaldante saísse, para arrumar as bolsas de ar do escapamento.

Como o carro está bem pesado, deixá-las em perfeito estado de funcionamento é super importante para pegar estrada.

de pés pra cima
Vinicius: cozinheiro, motorista, fotógrafo, editor, produtor, relações públicas e mecânico nas horas vagas.
de pés para cima
De pés pra cima: jantarzinho feito pelo maridão

Fora isso aproveitamos a tranquilidade do lar. Eu mesma nem pisei os pés pra fora do apartamento já que estávamos no último andar de um prédio sem elevador.

Foram dois dias de molho para o corpo, mas dois dias frenéticos para o cérebro. Muitas ideias novas, planejamentos e contatos. Os próximos meses até do final do ano serão bem intensos: entrada nos EUA, despacho do carro para Europa, entrada nos documentos para cidadania italiana e o evento do Slow Food Tierra Madre. Quem acha que viajar o mundo é pura curtição se engana. Muitos detalhes devem ser pensados, ainda mais quando se tem um projeto a executar.

Todo esse nosso esforço, entretanto, tem mais do que valido a pena. Não sabemos exatamente como seria se a viagem fosse só…uma viagem. Anos sabáticos sem destino, sem compromissos, só conhecendo novas cidades, indo de ponto turístico em ponto turístico. Com os pés pra cima muito mais que a minha torção me pede. Está longe de ser uma má ideia, bem longe disso, mas somos mais felizes assim: viajando, conhecendo, aprendendo, estudando e trabalhando. Tem mais a nossa cara.

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