Se você não leu o post do dia anterior não sabe em que parte do mundo estávamos, então vou te falar: Culiacán, uma cidade grande do Estado de Sonora, no apartamento de Salvador, que não estava em casa.
Resumindo, ficamos dois dias sozinhos em um apartamento com ar condicionado. E esse detalhe, do ar condicionado, é super importante nessa região desértica do planeta: durante o dia fez 42°C.
E eu seguia com o pé inchado, mais inchado de que quando saímos de Morélia. Portanto, ficar com os pés pra cima era questão urgente. Voltando a tomar o medicamento certinho, colocando gelo e imobilizando, senti melhora já na primeira noite.
Enquanto isso, trabalho não nos faltava. Vinicius aproveitou as primeiras horas do dias, antes que o sol escaldante saísse, para arrumar as bolsas de ar do escapamento.
Como o carro está bem pesado, deixá-las em perfeito estado de funcionamento é super importante para pegar estrada.
Fora isso aproveitamos a tranquilidade do lar. Eu mesma nem pisei os pés pra fora do apartamento já que estávamos no último andar de um prédio sem elevador.
Foram dois dias de molho para o corpo, mas dois dias frenéticos para o cérebro. Muitas ideias novas, planejamentos e contatos. Os próximos meses até do final do ano serão bem intensos: entrada nos EUA, despacho do carro para Europa, entrada nos documentos para cidadania italiana e o evento do Slow Food Tierra Madre. Quem acha que viajar o mundo é pura curtição se engana. Muitos detalhes devem ser pensados, ainda mais quando se tem um projeto a executar.
Todo esse nosso esforço, entretanto, tem mais do que valido a pena. Não sabemos exatamente como seria se a viagem fosse só…uma viagem. Anos sabáticos sem destino, sem compromissos, só conhecendo novas cidades, indo de ponto turístico em ponto turístico. Com os pés pra cima muito mais que a minha torção me pede. Está longe de ser uma má ideia, bem longe disso, mas somos mais felizes assim: viajando, conhecendo, aprendendo, estudando e trabalhando. Tem mais a nossa cara.