Dia 337 – 4 de agosto – Sábado | Cruzando a Fronteira do México para os Estados Unidos: super tranquilo!

Seis da manhã acordamos depois de uma noite bem dormida em frente ao posto da Polícia Federal. É claro que os vinhos da noite anterior ajudaram.

E que bom que foi assim. Era dia de cruzarmos a fronteira do México para os Estados Unidos e não seria legal pegar estrada e fazer os trâmites de imigração e aduana indispostos. Sabemos que pode ser muito rápido (como em El Salvador) ou levar várias horas (como na Nicarágua).

Saímos de Ensenada bem cedinho e por orientação dos Mexicanos resolvemos entrar nos Estados Unidos por Tecate. Tijuana estaria mais perto, mas cruzar pela principal divisa dos dois países fatalmente demoraria muito. De um lado está Tijuana e do outo San Diego. O fluxo de pessoas que atravessam de um lado para o outro para trabalhar no país vizinho é gigante. Fora isso estamos em pleno verão, muitas famílias estão de férias, viajando, congestionando ainda mais a passagem. Não temos dúvida de que passar por Tijuana seria uma experiência e tanto, mas preferimos a tranquilidade dessa vez.

Assim que chegamos em Tecate providenciamos uma recarga no celular, trocamos os pesos mexicanos que nos sobraram por dólares e às 9:45h nos dirigimos ao Banejercito para pegarmos de volta a caução de U$200 que deixarmos na entrada do país (leia o relato do dia 239).

Então foi a vez de carimbarmos a saída nos passaportes e às 10:25h – depois de ouvirmos dicas de como passar com sementes de chiles pela aduana americana do oficial de imigração do México – tínhamos oficialmente deixado o país que nos acolheu super bem por três inesquecíveis meses.

E então chegou a vez de partimos para os trâmites nos EUA, cuja fronteira não fica no mesmo lugar que a do México. Seis quarteirões depois, exatamente às 10:33h entramos na fila para fazer a travessia. Uma hora depois de ficarmos na fila, lado a lado com o muro que divide o México dos EUA, começamos de fato a fazer os trâmites, que não demoram mais que vinte minutos.

Isso porque pedimos por papel especial que comprovasse a entrada do nosso carro no país, um documento exigido na hora que formos mandar o carro de navio para Europa. Como não era algo corriqueiro, os oficiais não tinham o formulário correto, mas ainda assim foram super atenciosos e nos deram um documento aproximado.

Às 12:10h fomos liberados para seguir viagem.  Oficiais atenciosos e muito cordiais nos atenderam em todas as etapas.

Sem inspeções, revistas, sem scanners, sem contratempos. Apenas questionaram se tínhamos frutas, vegetais ou carnes e para onde seguíamos.

Pagamos apenas U$12 pelo formulário I94, o regular de permissão para adentrar os EUA por terra ali para o agente que nos atendia mesmo. Sem filas, sem burocracia.

Mais simples impossível.

E em vinte minutos mudamos o idioma, a moeda, as unidades de medida de km para milhas, de Celsius para Fahrenheit, quilos por libras, estradas simples por rodovias com cinco pistas.

Uma ruptura gigante de cultura!

Já estivemos nos EUA outras duas vezes, nada disso chega a ser novidade pra gente, mas o olhar agora é outro. Não mais de turista, mas de viajante, o que pode ser bom em algumas situações e nem tão boa em outras. Foi isso que aprendemos nos dias que se seguiram.

Você já teve essa sensação?

Contamos um pouco dessa nossa nova visão sobre os EUA nos posts que seguem. Esperamos que você esteja curtindo nosso diário, viajando com a gente e que continue acompanhando essa nova etapa do projeto na terra do tio Sam!

🙂