Dia 231 – 20 de abril – Sexta-Feira: Aprendendo a fazer Pupusas!

A comida típica de El Salvador que é fácil se apaixonar

Provando o Mundo. Quando escolhemos o nome para o nosso projeto queríamos que ele fizesse alusão aos sabores que descobriríamos, mas que também representasse as experiências que a viagem nos traria. Assim, o sentido da palavra Provando vai além de degustar. Provar pra gente é também experimentar, sentir, vivenciar, mergulhar nos costumes, no dia-a-dia, nos problemas e nos encantos de cada lugar que visitamos.

Nessa nossa empreitada estamos aprendendo que todos tem uma história pra contar e que todas são importantes. Aquilo que lemos em livros de auto ajuda é mesmo verdade: cada um é um, cada indivíduo é importante, cada vida tem sua razão de ser, cada pessoa tem seu papel no mundo.

Nessa sexta-feira conhecemos um pouquinho da história de Francisco Jose Guerrero Munguia, conhecido popularmente como Chachi. Digo um pouquinho porque atrás da ponta da lã há um novelo inteiro para desenrolar.

Chachi, o chef figura de El Salvador

Chachi é figura carimbada na capital San Salvador. Influente, tem amigos por todos os cantos, de todas as classes sociais. Filho de um importante político do país ele não quis seguir a carreira do pai. Virou cozinheiro de renome, em El Salvador e nos EUA, onde viveu muitos anos. Antes de voltar para os seu país,  trabalhou em vários restaurantes, prestando consultoria, assessorando gente importante como ninguém mais ninguém menos que o sobrinho do poderoso chefão, Al Capone.

Pupusas El Salvador
Creme de mandioca com torresmo sequinho: receita especial pra um jantar com os amigos

As histórias de Chachi são infindáveis e certamente dariam um livro. Ouvindo sobre seus casos amorosos, suas ilhas particulares, as empresas do ramo alimentício em que trabalhou e as celebridades que conheceu, nos pareceu que cozinhar não passaria de um hobby de uma pessoa excêntrica.

Mas não. Ele comanda de fato a cozinha do La Taberna, restaurante em que também é sócio, e lá nos ensinou a fazer um creme de mandioca com chicharrón. Um prato fácil e gostoso (em breve receita no Canal do YouTube). Poderíamos estar no Brasil, mas o acompanhamento de “encurtido” de repolho é patrimônio da América Central!)

Assim como as deliciosas Pupusas!! Ah, elas já estão entre os pratos típicos favoritos! Saindo do La Taberna fomos a um lugar muito especial: O Típico del Comal.

Comal é o nome dado à panela de cerâmica onde são feitas as pupusas  – ou pelo menos eram. A grande maioria dos lugares hoje em dia assam as pupusas na chapa mesmo, de alumínio. No Típico del Comal, embora utilizem gás no lugar da lenha (por proibição do governo), a panela de barro ainda é utilizada. Salvadorenhos nos garantiram que o sabor fica muito melhor e constatamos: fica mesmo!

Pupusas El Salvador
Gravando Dona Edite preparando as pupusas no Comal
Pupusas El Salvador
Típico de Comal, a melhor pupuseria que conhecemos em El Salvador

Se um dia voltarmos para El Salvador certamente voltaremos ao restaurante onde Dona Edite prepara as melhores pupusas que provamos na nossa passagem pelo país. Feita no comal ela fica mais sequinha e menos gordurosa porque leva quase nada de óleo, só o suficiente para untar a panela

Mas antes de provar as pupusas da dona Edite, ela, sob a fiscalização dos filhos Emerson e Guilhermo, nos ensinou a moldar as pupusas. Olhando parece fácil, mas há toda uma técnica. Tentamos com a massa de milho e com a de trigo. Seria mais fácil se as pupusas da Dona Edite não levassem tanto recheio! rs

Bonitas nossas pupusas não ficaram, mas o sabor! Olha, poderíamos comer todos os dias. Provamos de alho, queijo e loroco, queijo e feijão, pimenta jalapeña e ainda de frango com ovo e alecrim que estava sensacional.

Pupusas El Salvador
As primeiras pupusas feitas por mim e por Vinicius: deu pro gasto!
Pupusas El Salvador
Conhecendo de perto os segredos da simpática Dona Edite

Foi super legal conhecer a família do Típico del Comal e ainda poder trocar umas palavrinhas em português com o pai dos meninos que morou por dois anos no Rio de Janeiro.

Simpatia, comida boa, clima descontraído. Nos divertimos muito e saímos de lá felizes por ter conhecido mais a fundo essa rica tradição que faz parte do dia-a-dia dos salvadorenhos!

2 Comentários

  1. Já vivi em Sam Salvador muy ricas las pupussas tamalis e pollo campero

    1. Author

      Todo ès muy rico en San Salvador, verdad Lindaci?! Siempre habiamos ganas de comer unas pupusas e entonces nos ponemos a hacerlas. Saludos! 🙂

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