Deixamos Santa Catarina para conhecer os sabores do litoral paranaense
Acordamos às duas da manhã achando que já era hora de levantar. Ansiosos? Talvez. Era dia de pegar a estrada e ir ao encontro de novas pessoas e experiências. Voltamos a dormir e partimos quando o sol começava a mostrar seus primeiros raios. Atravessamos a divisa Santa Catarina – Paraná por uma estradinha de terra pouco movimentada. Foi no meio do caminho que paramos para fazer nosso café. Rolou até banana frita! Neusa havia nos dados algumas bananas que estavam bem madurinhas, prontas para o consumo e não queríamos desperdiça-las.
Era quase meio dia quando chegamos ao nosso destino, Morretes, no litoral do Paraná. Visitamos o centro histórico e já demos de cara com os restaurantes que servem o famoso Barreado, prato típico da região.
Mas ainda não era hora de prová-lo. Era preciso encontrar um lugar seguro para passar a noite. Fomos atrás de um camping. O caminho que o Google Maps nos indicava margeava o riozinho que corta a cidade. Encontramos um local perfeito para fazermos nosso almoço…e lavar a louça.
Depois voltamos à busca pelo camping e logo passamos por um. Não havia ninguém acampado por lá….só havia uma pessoa que cortava a grama do local. Perguntamos se era possível passar a noite ali e fomos informados que o camping só funcionava aos finais de semana. Saímos à procura do responsável pelo lugar, que morava a poucos metros dali. Foi nesse momento que conhecemos Eliéser, um curitibano aventureiro que se identificou com a nossa história e permitiu que ficássemos no camping. Chegando lá encontramos um lugar para parar o carro. Logo constatamos que não havia chuveiros no lugar. Resolvemos que tomaríamos nosso primeiro banho de água fria no nosso próprio sistema hidráulico. Sucesso! O sol que ainda brilhava fez que o banho gelado não parecesse tão ruim.
E foi logo depois do “banho” tomado que Elieser chegou ao camping. Muito discretamente perguntou se precisávamos de algo e disse que poderíamos tomar um banho em outro lugar, perto dali. Dissemos que não havia problema, que já havíamos resolvido essa questão. Ele então quis ver o carro, que a essa altura já estava cheio de roupas lavadas e penduradas por todos os cantos. Oferecemos a ele uma cerveja e ele prontamente aceitou. Sentamos, conversamos e saímos dali meia hora depois a seu convite para pernoitar em uma pousada que toma conta e que está fechada para reformas. O lugar é lindo, com um grande lago e uma choupana de palha enorme, feita com folhas de palmeira Indaiá do Cerrado, trazidas de Goiás. Eliéser nos apresentou aos simpáticos goianos que trabalhavam na reforma da Choupana e nos convidou a ir na casa onde estava. Lá nos serviu petiscos, contou como chegou a Morretes e falou da sua vontade de viajar o mundo também. Horas agradáveis em um refúgio lindo em meio à natureza. Isso é uma segunda-feira que se respeita!
De volta à pousada, ofereceram-nos um quarto, mas preferimos dormir no carro mesmo. Ainda estamos no começo da viagem… 🙂