A nossa visita ao melhor restaurante de San Jose
Não só de comida típica vive a Costa Rica. O país, que é o principal destino turístico da América Central, vive cheio de europeus e norteamericanos. Também não é raro encontrar estrangeiros que visitaram, se encantaram e voltaram para fixar residência no país. É claro que trouxeram na mala seus próprios sabores e preparações.
Assim aconteceu com a francesa Patrícia Richer. Ao lado do marido Gerald estabeleceu-se no bairro mais cool da capital, o Bairro Otoya, para oferecer um pouquinho da França aos ticos (no melhor restaurante da Costa Rica, segundo o TripAdvisor).
Com oitenta porcento da sua clientela formada pelos locais, Patrícia nos contou seu grande desafio: adaptar os sabores franceses ao paladar costarriquense, que está acostumado com preparos mais simples, com menos ingredientes e com sabores próprios.
É que a cozinha da chef Patrícia é o extremo oposto. Muitos ingredientes, muita criatividade e harmonizações nada simples. A entrada que ela preparou pra gente pode exemplificar bem tudo isso.
Primeiro Patrícia preparou uma cama de legumes composta de pimentão vermelho, folha de brócolis, cebola, alho poró, erva doce, cenouras e abobrinha. Alguns cortados à julienne, outros em fatias bem finas, outros ainda em rodelas. Alguns vegetais foram atentamente preparados no vapor e em seguida salteados na frigideira. Outros foram direto para a panela. Os cortes e o preparo prenunciam a montagem do prato e as texturas que serão encontradas a cada mordida.
Os legumes serviram de base para receber duas eclairs generosamente recheadas com creme de queijo temperado com tomilho, sal e pimenta. Sobre o creme, um mix de nozes, amêndoas e pistaches grosseiramente triturados.
Na hora da montagem, o prato ainda recebeu blueberry, semente de girassol, melão fresco, chutney de melão branco, flores comestíveis e folhas de erva doce ligeiramente tostadas no forno. Cada coisa em seu devido lugar e, ao final, uma verdadeira obra-prima pintada delicadamente pelas mãos da chef.
Poder acompanhar a montagem foi como assistir a um espetáculo. Compenetrados, assistimos ao balé de Patrícia até o ato final e quando colocou o último detalhe na sobremesa, a vontade era mesmo de aplaudir de pé.
Tanta sofisticação tem seu preço, não é mesmo? Tem sim, mas nem de longe representa a sofisticação e a poesia que Patrícia põe no prato. Para ter uma ideia, uma entrada custa em média U$9. Um prato principal fica em torno de U$27. Uma sobremesa custa U$8.
A decoração do La Terrasse segue a mesma linha. Rosas, laços, velas, vidros de perfume…tudo remete ao universo feminino e ao romantismo. O restaurante possui apenas seis mesas – todas elas só para duas pessoas – e só atende com reserva. O clima é bem romântico e intimista, perfeito para comemorar uma data especial.
O atendimento no salão fica por conta exclusiva de Gerald. Lá na cozinha, só Patrícia cozinha. Não há sous chef, não há assistente, não há mais ninguém. Absolutamente tudo é feito por ela.
Sem dúvida esse é um dos segredos do sucesso do La Terrasse. Tudo é feito pelos donos, sem intermediários. Tudo lá tem o jeitinho deles e a sensação que fica é de que estamos na sala da casa do casal. Ta aí um conceito de exclusividade que nos encantou!
Não deixe de assistir ao vídeo que fizemos com a chef Patrícia, você vai se encantar!