Dia de Conhecer o poeta e a fruta símbolo do MS, a Guavira
Feito o café, Vinicius pegou a bike e foi pedalar. Eu arregacei as mangas e comecei a faxinar nossa casa. Depois de um tempo, Vinicius voltou e me ajudou com os afazeres. Rodar pela estrada exige organização e disciplina. É preciso guardar tudo em seus lugares e limpar o carro com certa frequência. A final estamos falando de uma volta ao mundo de carro!
Tudo limpo, fomos conhecer o Balneário Municipal. [Para saber mais sobre o passeio, clica aqui!]
Deu vontade de passar o dia inteiro por lá! Dá pra fazer esporte, pegar sol, nadar, fazer piquenique, tomar uma cervejinha… mas tínhamos compromisso com o Sr. Antônio Carlos Silveira Soares, conhecido em toda cidade simplesmente como Tó.
Ele, que já foi vereador, é um bonitense atuante nos movimentos de conservação das tradições da cidade. Ele idealizou o Voucher único para os passeios turísticos.Também foi ele que criou o Festival da Guavira, a fruta típica do Mato Grosso do Sul, por sua importância cultural e social na vida dos bonitenses.
Além disso ele é poeta, já publicou três livros e mais um está a caminho. Retrata em poucas e simples palavras o que observa, o que vive, o que sente. Mas foi a poesia que ele cria em seu restaurante há 34 anos, o Tapera, que nos levou até ele. É ele quem comanda a cozinha e rege as dez bocas do seu fogão industrial.
Tó nos preparou um prato que leva lombo de porco ao molho de Guavira, a fruta que tanto lhe inspira, e que dá o toque de originalidade ao prato. Para assistir o vídeo contando a receita, clique aqui!
O molho tem sabor adocicado e combina muito bem com a carne de porco. O prato sai borbulhando na frigideira de ferro. Lindo de ver!
O doce especial para depois do almoço é o Mousse de Guavira. Vale a pena provar!
Saímos do Restaurante Tapera com a sensação de missão cumprida na cidade de Bonito. Satisfação de encontrar pessoas que fazem a cidade ser ainda mais especial.
Quando saíamos do restaurante passamos em frente a uma sorveteria que usa frutas da região. Depois de provar o mousse de Guavira do Tó, a curiosidade para provar a versão do sorvete da fruta nos fez dar uma breve paradinha lá. Provamos os sabores de Mangaba, Guavira a e Côco de Guariroba, todos muito bons, mas o de Guariroba surpreendeu muito!
Bom, era chegada a hora de partir. Lá pelas 15h pegamos estrada outra vez. O destino? Pantanal!
Chegamos em Paso do Lontra, no início da Estrada Parque quando o sol se punha.
Passamos a noite em um estacionamento de uma pousada, que ficava totalmente aberto para rua. Foi nossa melhor opção. O hotel ao lado cobrava uma taxa de R$70 para deixar estacionado por uma noite, com direito a usar os banheiros e chuveiros. Onde ficamos não pagamos nada.
Essa foi a noite mais quente da viagem até agora. Às 19h fazia 31ºC e os mosquitos não davam trégua. Passamos todo o tempo dentro do nosso carro. Abrir as portas era um convite aos mosquitos. Nosso mosquiteiro fez seu papel e impediu que insetos maiores entrassem. Comemos o que havia restado do jantar do outro dia, frio mesmo. Cozinhar dentro do carro com o calor que fazia não era uma opção.
Antes de dormir, Vinicius pegou um dos livros escritos por Tó e, em voz alta, fez a leitura de seus poemas. E foi assim que adormeci. Com calor, mas com o coração ainda mais aquecido de tanta gratidão pelo dia que acabava.