Dia 233 – 22 de abril – Domingo: Cruzando a fronteira com a Guatemala

Como foi a nossa travessia de El Salvador a Guatemala

Choveu com vontade noite passada. Dormíamos na nossa casinha, no quintal da casa de Camilo, Elisa e Mário. Fazia tempo que não escutávamos a chuva cair no teto do carro e a sensação é, de verdade, muito boa. Despertamos umas duas vezes no meio da noite só pra conferir se estava tudo certo e logo voltamos a dormir. Não encontramos nenhuma gota de água!

Depois de uma noite bem dormida, tomamos café na companhia de nossos amigos salvadorenhos e às 8:45h partimos rumo à Guatemala.

Chegamos a fronteira Las Chinamas às 10:55h e não havia fila, ninguém! Fomos atendidos na hora. Não carimbaram os passaportes, apenas nos deram um papel de controle de saída. Logo em seguida, bem na cabeceira da ponte que faz divisa com a Guatemala, passamos a fazer os trâmites de saída do veículo. Aqui não foi preciso passar pelo scanner, apenas verificaram o número do motor e colocaram o selo de saída no papel de importação do carro que recebemos na entrada em El Salvador.

Cruzando a ponte que liga El Salvador à Guatemala
fronteira El Salvador Guatemala
Fronteira vazia!

Já do outro lado da ponte, no lado da Guatemala, fazer a entrada foi questão de segundos para carimbar o passaporte. A carteirinha internacional de vacinação não foi solicitada.

Já pra fazer a importação do carro foi bem embaçado. Por que? Porque sim! Não havia mais ninguém pra fazer o processo de entrada, não pegamos fila alguma e ainda assim demoramos meia hora só nesse ponto. Eles preenchem um papel e emitem uma guia que deve ser paga no posto bancário da aduana. São 160 quezales (quase R$76) que deve ser pago em moeda local. Depois é preciso voltar na aduana com o comprovante de pagamento e esperar finalizar o processo. Por fim, te entregam um adesivo que deve ser colado no vidro do carro para que esteja visível em caso de uma abordagem policial.

Já batia meio dia quando saímos da fronteira. Paramos em um restaurante na beira da estrada…o que parecia mais limpinho e barato. O cardápio era cheio de burritos, quesadilhas e tacos… sinal evidente que estávamos nos aproximando do território mexicano. Apesar de muito mirradinhos, os tacos que pedimos, ao preço de Q16 cada (cerca de R$7,60), estavam relativamente gostosos.

fronteira El Salvador Guatemala
Tacos guatemaltecos

Seguimos viagem e por volta das três da tarde chegamos ao estacionamento dos policiais na cidade de Antigua. Esse ponto é famoso entre os overlanders por ser bem seguro e gratuito. Por lá estavam alguns alemães, franceses e americanos, todos com seus super mega motorhomes…e nós com o nosso mini.

Para chegar ao estacionamento cruzamos parte da cidade e já nessa hora ela ganhou muitos pontos com a gente. Oh cidade bonita! Já passamos por algumas cidades coloniais nesta viagem, como Cartagena e Granada, mas Antigua tem uma atmosfera diferente.

Depois de estacionarmos o carro, fomos dar uma voltinha a pé para conhecer um pouco mais da cidade. Era domingo e as ruas estavam lotadas de vendedores, guatemaltecos e turistas. O comércio de artesanatos chama muita atenção por sua beleza e coisinhas diferenciadas. Mas o mais legal foi encontrar uma feirinha vendendo comida de rua. Provamos uma enchillada, feita basicamente de tortilha frita com abacate, feijão, carne, repolho, beterraba, cebola e ovo. Tudo isso por R$5.

fronteira El Salvador Guatemala
Feirinha de comida de Antigua
Passeando pelo centro de Antigua

Aí foi tempo de passear pelas principais ruas da cidade, apreciar a arquitetura com os vulcões ao fundo, observar os gringos todos e a praça lotada. Ainda aproveitamos pra comprar o chip prépago que saiu por Q30 (cerca de R$15), o mais caro de todos até agora.

Depois voltamos para nossa casinha e preparamos nós mesmos nossas enchilhadas. Compramos as tostadas – as tortilhas fritas –  e colocamos feijão moído (industrializado :/) que tínhamos comprado lá na Costa Rica. Por cima, colocamos queijo e cebola comprados na Nicarágua. O azeite de oliva era lá do Equador. No final, a quesadilha era mais internacional que muito prato chique servido por aí. rs!

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