Nos últimos dias pudemos conhecer um pouco mais da culinária mineira. Ao tempo que provamos novos sabores, novas paixões gastronômicas foram despertadas. O que dizer do torresmo, da goiabada cascão, do queijo mineiro? Ainda que a culinária de Minas tenha tido influência portuguesa, vemos mesmo uma comida de raiz, com muita sustância, a mesma que alimentava os tropeiros e os operários das minas. Arroz e feijão não podem faltar. Se a casa tem horta, ao menos um pé de couve haverá nela.
Bom, nem preciso dizer que depois de comermos tanto nos últimos dias, a balança sinalizou um pequeno desequilíbrio. rs
Depois de quase 3 dias em Ouro Preto, era hora de ensacarmos nossa viola outra vez e descobrir um pouco mais de Minas Gerais.
Saímos de Ouro Preto pelas 9 da manhã, sob uma fraca garoa que logo desapareceu. Passamos por várias cidadezinhas do interior que não devem somar, cada uma delas, 1000 habitantes.
Passamos por Mariana e não pudemos deixar de lembrar o desastre ocorrido em 2015.
Ao meio dia paramos o carro em lugar tranquilo para fazermos o almoço. Logo depois, chegamos no Santuário do Caraça, uma reserva de preservação permanente que abrigou um hospício, fundado em 1770 e hoje é pousada. O lugar é lindo, Patrimônio Cultural do Brasil, com tombamentos em nível federal, estadual e municipal. É rodeado de montanhas rochosas e ideal para quem busca sossego e contato com a natureza.
Resolvemos queimar um pouco das calorias que ingerimos nos últimos dias. Caminhamos um pouco em trilha aberta até chegar numa pequena cascata. Vinicius se arriscou e entrou nas águas geladas da piscina natural que se formava aos pés da cascata.
O lugar era perfeito, queríamos ter pernoitado por lá para poder desfrutar um pouco mais das belezas naturais do Refúgio. Todavia, por explorarem uma pousada, não permitiram que dormíssemos no carro.
Então seguimos viagem e fomos parar lá por volta das 20:00h, na pequena cidade de Ipoema. Perguntamos em uma pousada e depois em um posto de gasolina se podíamos pernoitar em seus estacionamentos e a resposta foi negativa. Nem sempre as coisas são fáceis, principalmente nesses dias em que todos tem medo até da própria sombra.
Mas acabamos encontrando Carlinhos, dono de uma pousada que permitiu que deixássemos nosso carro em seu pátio para passarmos à noite. Carlinhos, o dono da pousada, foi muito simpático e a ele somos muito agradecidos por nos acolher.
Naquela noite, o jantar do Vinicius foi à base de granola mesmo. O meu foi um pouco mais gordo. Não resisti à goiabada cascão que estava na geladeira.