Conhecendo a comida típica da Guatemala
Começamos nosso dia nos alimentando super bem. Na Pousada Casa Naranjo você pode escolher entre o café da manhã típico guatemalteca ou algo mais light. Vinicius ficou com a versão típica. Eu dei uma manerada e fiquei nas frutas com cereais e iogurte. Quem preparou nosso rico café da manhã foi Maria, a copeira da Casa Naranjo que era uma simpatia tremenda!
Na Guatemala, aliás, todos são muito simpáticos! O atendente no posto de gasolina, o cozinheiro no mercado público, o policial, a senhora que vende comida na rua,etc… (menos o moço que vendia amendoim torrado e que não ficou feliz por não termos comprado nada depois de termos feitas algumas perguntas sobre seus produtos. Faz parte!)
Saímos de Antigua às 8:30h com destino ao litoral atlântico da Guatemala. Chegamos em Puerto Barrios já passava das três da tarde. Pegamos muito tráfego para atravessar a capital e também nas estradas que não estão em condições muito boas. Negligência no trânsito também vimos aos montes! Assim preferimos seguir devagar e sempre com muita atenção.
A Guatemala tem uma faixa extensa de mar na costa do Pacífico e, depois que perdeu o território que hoje é Belize, ficou com apenas uma pequena saída para o mar do Atlântico. Ainda assim, a economia do país depende muito dos dois grandes portos que ficam de frente para as ilhas Cayman. Um desses portos é utilizado exclusivamente para exportação de banana! Isso dá uma pequena noção de quanta banana é exportada da Guatemala!
Quem nos contou isso foi o casal Byron e Mirian, donos do hotel e restaurante La Cabaña, na quente Puerto Barrios. Os dois entraram logo para o topo daquela lista de pessoas mais simpáticas que encontramos na viagem. Fomos recebidos com um forte e caloroso abraço de Byron. Depois conhecemos a doce Miriam e em menos de meia hora de conversa já nos sentíamos em casa!
Logo depois já estávamos dentro do seu carro dando voltas para conhecer a cidade e para provar o mais consumido prato das Américas: mandioca com torresmo. Na Guatemala o prato tem sua própria identidade. A mandioca está apenas cozida e ganha molho de tomate por cima. O chicharrón não vem só com a pele frita, senão com bastante carne. Pra acompanhar tomamos Cimarrona, que nada mais é que água mineral com gás com sal e limão espremido. Nos contaram que a tradição manda colocar uma pitada de molho inglês também na água, mas não quisemos descaracterizar tanto assim nossa água. O gosto? Bem refrescante, mas inevitável não compará-la com sal de frutas!
Mas as boas-vindas não pararam por aí. De volta ao Restaurante La Cabaña provamos algo que em outras épocas eu jamais provaria: caracol. Sim, caracol. Não estou falando de escargot, o prato dos franceses. Estou falando do caracol do mar, um molusco gigante que vive no atlântico norte e descobrimos que é consumido não só na costa da Guatemala, com no México também.
Na preparação que provamos, a carne do caracol não tinha cara de lesma gigante, nem parecia gosmenta. Olhado era bem apetitosa e – juro – estava gostoso. O problema era o lado psicológico, a memória puxando a imagem do bichano e aí eu travei. Mas Vinicius estava lá pra mandar a ver no prato, que além do caracol tinha rice and beans, camarões empanados e maionese de legumes.
Pra beber pedimos uma Michelada, que é basicamente uma bebida típica do México…mas como já estávamos tão pertinho dos “ticanos”, encaramos o desafio de tomar uma michelada com cerveja da Guatemala. A cerveja Gallo é símbolo de orgulho para os guatemaltecos que juram ser a melhor cerveja do mundo! Não podemos compartilhar da mesma opinião, mas que ela caiu muito bem com o camarãozinho empanado, ah, disso não tenham dúvida!