Acordamos com o som das mangas caindo no pátio do Hotel Solar das Mangueiras. Os pés estavam super carregados e mesmo verdes as mangas despencam lá de cima. Conseguimos colher algumas quase prontas para o consumo. No final do dia, com o calor do carro, elas já estavam maduras!
Depois da caça às mangas, nosso dia começou com um belo café da manhã do Hotel. Pra mim, Dani, a melhor refeição do dia! Eles servem uma grande variedade de bolos, frutas, sucos e salgados…destaque para o suco do umbu, para a batata doce cozida, o cuscuz quentinho e o bolo de milho. Delícia!
Passamos o resto da manhã percorrendo as grandes magazines da cidade de Barreiras à procura de um celular novo. Não encontramos o que procurávamos, mas foi possível conhecer um pouco da rotina da manhã do baiano do interior. Cidade cheia, muitas pessoas na rua, trânsito quase caótico. Enfim, vida que segue!
Ao meio dia era hora de encontrar Marina Sabino, chef de cozinha e proprietária do Bistrô Casa Marina. Nossa primeira experiência gastronômica na Bahia não foi a mais óbvia, com vatapá, acarajé…e por isso mesmo foi surpreendente! Encontrar um lugar muito bem decorado, com tanta qualidade e comida cuidadosamente preparada no interior da Bahia só nós deu certeza de que a relação do brasileiro com a comida está mudando. E isso não tem nada a ver com gourmetização ou sofisticação. Tem a ver com preocupação com a higiene, com a qualidade dos alimentos, com a valorização do produto regional e a busca por experiências gastronômicas diferenciadas. Tudo o que o “Provando o Mundo” mais aprecia!
E o que provamos no Bistrô Casa Marina afinal?
Peixe maravilha grelhado com purê de inhame, redução de jabuticaba, farofa de castanha e lâminas de buriti crispy. De-li-ci-o-so! Prato leve, com combinação de texturas e sabores incríveis! Mostramos o preparo do prato no nosso Canal do YouTube!! Assista clicando AQUI!
Marina ainda nos trouxe um risoto de tomate seco, feito com o tomate produzido por seu pai. Segundo ela, o processo de secagem do tomate varia entre sol e forno e não é acrescentado açúcar para tirar a acidez do tomate. E nessa toada nem preciso dizer que o risoto estava muito gostoso também, muito bem preparado, equilibrado.
Por fim, não pude negar a oferta de uma sobremesa. Pedi que Marina escolhesse algo, por sua conta, e ela trouxe bolo de chocolate amargo, com recheio de brigadeiro e cobertura de doce de leite.
Lendo você imagina algo super doce e enjoativo, não é? Mais uma vez Marina mostrou que manda muito bem nos doces também. Sabores bem balanceados, textura molhadinha, tudo muito bem pensado.
Depois dessa delícia de almoço seguimos a caminho da Chapada Diamantina, sentido litoral. Mas ainda estávamos longe e para evitar dirigirmos à noite paramos pelas 17 horas em um posto de combustíveis. O local era bem simples, mas o banho era gratuito.
Animado, Vinicius ainda fez chapati com recheio de muçarela e tomate. Difícil pensar que algo tão simples pode ficar tão gostoso. O segredo – pra não deixar o clichê de lado – é o carinho pelo alimento e por quem vai degustar. Alguém duvida? 🙂