Provando cerveja boa e as delícias do Restaurante Yallah!!
Cinco quilômetros. Foi tudo o que rodamos até o motor do carro começar a aquecer. Há um termômetro instalado no carro para sabermos a temperatura do motor. Chegou a 99ºC! Algo de errado. Paramos imediatamente e com o embalo do motor conseguimos chegar em um posto. Apesar de o reservatório estar cheio de água, não havia quase líquido no radiador. Esperamos o carro esfriar, ligamos novamente o motor e colocamos água. Conseguimos seguir viagem até chegar em Campo Grande, sempre parando para verificar o nível da água, que não baixou nada.
Tínhamos agendado uma visita à primeira cervejaria artesanal do Mato Grosso do Sul: Cervejaria Morena.
Osir e a esposa Alessandra nos receberam e mostraram seus rótulos, entre eles o premiado no concurso do Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau, na categoria Brazilian Beer. A cerveja, nominada de mani-oca, é uma lager feita com adição de mandioca. De sabor suave e refrescante, combina muito com os dias quentes de Campo Grande.
Depois fomos conhecer o Mercado Público de Campo Grande, no centro da cidade. De curioso destacamos o furrundú, doce feito com mamão verde ralado, a linguiça Maracajú, feita com pedaços grosseiramente cortados de carne e a Cumbarú, castanha típica da região, cujo sabor lembra um pouco amendoim. Aliás, uma das cervejas da Morena leva Cumbarú na composição!
Além disso, há dezenas de ervas-mate saborizadas para tomar gelado. O Tereré faz parte do dia-a-dia do sul mato-grossense, justamente pelo calor que faz naquela terra.
E foi o calor que fazia no dia, 38ºC, que levantou nossa preocupação. O motor do carro começou a aquecer outra vez! Não havia opção, teríamos que procurar um mecânico.
Com a indicação de um amigo, procuramos uma oficina que nos encaminhou para outra, especializada em radiadores. Tivemos que desembolsar R$450,00 para colocar gel no cubo da ventoinha, o ventilador que ajuda a resfriar a água que fica no radiador. No sul, com temperaturas amenas, ela não era tão exigida. Pelo menos agora poderemos atravessar o Saara sem problemas! rs
Passamos a tarde na mecânica. Procurando um lugar seguro para pernoitar na capital, encontramos um hotel com um grande pátio para estacionamento. Combinamos que pagaríamos apenas uma taxa para poder usar o banheiro e chuveiro.
Banho tomado, era hora de desfrutar de horas agradáveis com um casal super alto astral e que tem na comida sua fascinação. Paco e Luciana comandam o melhor restaurante de Campo Grande segundo o tripadvisor: Yallah!!
E o site definitivamente nã o estava errado. Não comemos em nenhum outro restaurante na cidade, mas do que pudemos provar no Yallah!!, a classificação é por demais merecida! E olha que de comida típica árabe o Vinicius entende bem. Come desde que nasceu as maravilhas feitas pela dona Nuemzar, sua mãe, filha de armênios.
Paco é libanês, foi alfabetizado em francês, viveu na Líbia e veio parar no Brasil por conta dos conflitos que ameaçavam aquelas terras. Aqui encontrou Luciana, que largou a advocacia para se dedicar ao restaurante junto ao marido que conheceu pelo facebook.
Da conversa descontraída e divertida percebemos o amor e a dedicação do casal pelo trabalho, pelo restaurante e pela comida. Antes mesmo de provarmos os pratos já dava para sentir o que viria.
E o que provamos? Vamos lá:
Esfiha aberta de carne quentinha feita no forno a lenha!
As pastas homus, babaganuche, coalhada seca e muhammara, uma melhor que a outra!
Kibe cru e cozido numa montagem linda e deliciosa com coalhada e cebolas crocantes.
E basterma – feito pelo próprio Paco!- com ovos fritos com a gema mole…hummmmmmmm!
Para o Vinicius, foi “o melhor basterma que já comeu na vida!“
Sem exageros: poderíamos comer tudo isso todos os dias! Não deixe de assistir o vídeo que fizemos durante nossa visita ao restaurante, clicando aqui!
Surpresa mais que especial poder saborear comida do oriente médio da melhor qualidade em Campo Grande!! Eita cidade de sorte!