Desde o início do nosso projeto a cidade de Bonito, que fica no Mato Grosso do Sul, sempre esteve em nosso roteiro. Vinicius já havia visitado a cidade muito anos atrás e sempre me falou da sua beleza. Era minha primeira vez no Estado e, já de início, fiquei surpresa com o clima. Um calor gostoso, seco, com vento soprando dia e noite.
Acordamos às 4 da manhã para chegar cedo na cidade e aproveitar tudo que ela oferece!
E logo que chegamos foi possível provar um pouco da hospitalidade do povo de Bonito. Primeiro fomos muito bem recebidos pelo pessoal da Secretaria de Turismo da cidade, em especial pela Cláudia, que transformou nosso mapa turístico em um verdadeiro roteiro gastronômico da cidade! Obrigada pela dicas, Cláudia!
Mas foi na rua, enquanto fazíamos nosso café da manhã, nosso encontro mais curioso. Eis que para do outro lado da rua um carro com adesivo da Secretaria do Meio Ambiente de Bonito. Era Alexandre, o Secretário da pasta, que admirado com o nosso carro/casa quis saber um pouco mais sobre a gente. Falamos do nosso projeto e já ganhamos convite para tomar banho de rio na sua residência, o que ao final infelizmente não chegou a acontecer por conta dos nossos compromissos.
O primeiro deles era conhecer Juanita, a proprietária do restaurante que leva o mesmo nome, que nos conquistou de cara. Juanita tem uma história de superação muito bonita. Ela se emocionou várias vezes enquanto nos contava os perrengues que passou. Mas essa história ficou pra trás. Hoje ela comanda um dos melhores restaurantes de Bonito e serve, com orgulho, o delicioso Pacu grelhado, especialidade que fez seu negócio crescer e prosperar.
Tivemos o grande prazer de provar o Pacu que vem acompanhado de arroz, farofa de banana da terra (de comer de colher em grandes quantidades!), pirão de pintado, brócolis e batatas puxadas na manteiga. O segredo do Pacu está na forma de temperar e assar. O sal e o limão são colocados nos cortes feitos no peixe, que é assado na lenha, não no carvão, dando um gostinho defumado bem especial.
O prato para duas pessoas é super bem servido e deu vontade de ficar ali sentada por horas, só ouvindo as histórias de Juanita. Mas ela tinha trabalho pela frente e nós também. Ficamos numa mesinha do restaurante colocando nosso trabalho em dia e Juanita passava de mesa em mesa para cumprimentar os clientes. Pudemos presenciar mais de um deles a agradecendo fervorosamente pela excelente comida!
Nesse meio tempo fomos agraciados com suco gelado de Guavira, uma fruta típica do Cerrado que lembra o gosto de manga com caju com acerola. Mais ou menos isso. Bem refrescante!
Também provamos a sobremesa de nome engraçado e sabor bem brasileiro: Chico Balanceado, a base de banana gratinada com chantilly. Huuum!!!
E sabe o que mais ganhei de Juanita? Uma peça enoooorme de rapadura feita com Jaracatiá, uma árvore do Cerrado. A parte utilizada é ralada e lavada muitas vezes. Depois é cozido no caldo de cana-de-açúcar, até dar o ponto. O caule da árvore dá a textura de coco ralado. Muito bom!! A rapadura está à disposição dos clientes junto com o cafezinho e é uma delícia. É possível comprá-la na feirinha que acontece no centro da cidade às quartas-feiras à noite. Bom, meu desejo interminável por doces estará saciado por um bom tempo! Obrigada Juanita pela rapadura e por compartilhar conosco sua história de vida! 🙂
Ainda deu tempo para passearmos no centro da cidade e ver que opções gastronômicas não faltam por aqui! Tem pastel de Jacaré e até Hot Filadélfia feito com carne de Jacaré! E também Milk Shake de Guavira! Esses não conseguimos provar 🙁
Depois fomos para um Camping, lavar as roupas, fazer o jantar, beber uma cervejinha cada um, agradecer pelo dia maravilhoso e relaxar!