Saímos as seis e meia da manhã, logo depois de fazer um cafezinho baiano da melhor qualidade, lá da Chapada Diamantina, e comermos uma tapioca com banana. Nós saímos do Nordeste mas o Nordeste não saiu da gente.
Pegamos muita estrada de chão nesse percurso de Altamira até Santarém e a poeira tomava conta do para-brisa quando algum carro ou caminhão cruzava com a gente. Aliás, o carro todo ficou completamente tomado pela poeira.
Mas a paisagem com árvores imensas compensava. As castanheiras eram as que mais nos chamava atenção. Ficávamos de olho pra ver se não rolava de achar castanhas pela estrada, mas não era época (e por isso o alto preço das Castanhas-do-Pará nos mercados mesmo aqui no Norte).
Nosso almoço foi dentro do carro mesmo. Paramos em uma entradinha da estrada de chão e ali, ouvindo o barulho da Floresta Amazônica almoçamos o resto do jantar de ontem. Simples, mas poético, não é mesmo?
Atravessamos mais uma balsa (balsa?) pelo caminho…
Partimos sem muita demora. Queríamos chegar cedo em Santarém e por volta das 15 horas estávamos lá. Passamos direto no Porto para ter mais informações do Barco que nos levaria até Manaus, mas não havia mais ninguém por lá além do segurança. Tentaríamos contato por telefone e internet mesmo.
Partimos então para Alter do Chão, a trinta quilômetros da cidade. Alter do Chão é o novo paraíso brasileiro, uma praia de águas calmas às margens do Rio Tapajós, numa vista que os olhos não cansam de apreciar.
Paramos em um hostel, onde foi possível deixar nossa casinha estacionada no pátio e dormir ali mesmo. Só usaríamos a estrutura do banheiro do estabelecimento.
Antes de mais nada, assim que chegamos, fomos direto para a praia. O calor batia forte e a umidade fazia a sensação de calor ficar ainda mais intensa.
Descemos uma picada em frente ao hostel e em 30 segundo estava uma das paisagens mais bonitas que vimos até agora. O Rio Tapajós imenso, formando praias de águas doces com a mata de fundo. Banhar-nos naquele lugar parecia algo surreal. Naquele horário o sol já baixava e foi possível contemplar um pôr-do-sol espetacular.
Em pouco tempo o cansaço tomou conta. Voltamos para o hostel – já dominado pelo hippies que vivem por lá -, e nem mesmo jantamos. Tomamos uma ducha no quintal mesmo e fomos deitar.