Nosso plano para a manhã do sábado era gravar no mercado do peixe (onde estivemos no dia anterior). Mas nas últimas vinte e quatro horas tudo havia mudado e o script teve quer ser reescrito.
Às oito da manhã já estávamos na rua procurando por uma assistência técnica que consertasse nosso celular. Em vão. A loja não abriu até a hora que aguardamos. Seguimos com a nossa agenda.
Fomos ao Mercado Público São Sebastião para conhecer as curiosidades do lugar e dar uma entrevista para o jornal O Povo, de Fortaleza. O mercado está longe de ser turístico. É bom pra quem quer ver de perto a rotina do fortalezense num sábado pela manhã. Algumas peculiaridades nos chamaram atenção, como o frango aberto vendido ainda com os ovos dentro da galinha.
Por lá encontramos também Murici, uma frutinha pequena do Cerrado. Compramos um saquinho pra provar, mas não foi muito aprovado. Comemos in natura, fizemos suco, caipirinha e não teve jeito. Ninguém conseguiu tomar. O fruto já estava muito maduro e devia ter fermentado dentro do saco plástico.
Outra coisa que nos chamou muito a atenção foram os pratos servidos nas lanchonetes do mercado às 9 horas da manhã. As pessoas comem arroz, feijão, carne, macaxeira... comida de verdade logo cedo! Os nordestino têm mesmo estômago de ferro!
Ah, provamos lá uma manga diferente, que nunca tínhamos visto. A manga fafá, uma manga bem grande, do tamanho de um côco verde. Ela não tem fiapo e é bem macia. Dá pra comer de colher!
Depois do nosso passeio pelo mercado e dar a entrevista à repórter do jornal O Povo, continuamos a saga do celular.
Passamos por outras duas lojas de manutenção de celulares e a reposta não foi muito animadora. A tela do celular teria que ser trocada e nenhuma das duas lojas tinham a peça para fazer a troca na hora.O jeito era mesmo mandar para a assistência técnica em São Paulo :/
Estávamos sem celular outra vez… A previsão de conserto não era nada animadora. Assim passamos parte da tarde procurando um novo celular para comprar. Marcondes pacientemente nos levou a todos os lugares possíveis em Fortaleza para que fizéssemos um bom negócio.
E assim é que nosso Sábado que poderia ter sido na Praia do Futuro, acabou se estendendo pelos corredores de um shopping center. Mas tudo bem! Estávamos de ótimo humor e em ótima companhia.
Resolvida a questão voltamos para a casa de Marcondes que preparou pães-de-queijo com queijo coalho. Legal né? Enquanto Minas abusa do queijo da serra da canastra, o Nordeste se acaba no queijo manteiga e no queijo coalho. Delícia esse nosso país!
Marcondes nos contou que a receita é de família, que seu pai vendia pães de queijo e sua mãe foi sempre melhorando a receita.
Tivemos o prazer de ver a preparação dessa receita e confraternizar com essa família linda!