Dia 56 – 27 de outubro – Sexta-feira: Colocando Pilõezinhos no mapa

Pilõezinhos. Já ouviu falar? A gente também nunca tinha escutado nada sobre a cidade que tem um pouco mais de cinco mil habitantes até que num encontro no Restaurante Bodega do Sertão (lá de Maceió, dois dias atrás) o nome da cidade foi euforicamente citado por Vamberto.

Vamberto estava almoçando no restaurante quando viu que estávamos gravando. Ele ficou curioso e perguntou sobre o projeto. Entusiasta com a cidade do interior da Paraíba, nos convidou a conhecer a região de “serra” do Estado.

Achamos interessante logo de início, mas não sabíamos se sairíamos muito do nosso roteiro…. estávamos atrasados segundo nosso cronograma inicial. Pode parecer besteira para quem tem três anos para viajar… mas o mundo é muito grande! E teremos que abrir mão de muitas coisas para ver outras.

O fato é que olhamos no mapa e vimos que Pilõezinhos poderia entrar na nossa rota.

Logo depois de achar outro posto com chuveiro e tomar o necessário banho, partimos então para descobrir um pouco do interior da Paraíba.

Chegamos bem cedo na cidade. Como o sol levanta cedo por aqui, a manhã rende muito. Não eram nem dez horas quando encontramos Carioca, nosso guia em Pilõezinhos. Carioca é um senhor de 70 anos que aparenta ter muito menos que isso. Super bem conservado e disposto, nos levou até o Recanto Camelos, um restaurante afastado da vilazinha, bem no interior. Ali eles plantam e criam o que consomem e servem aos clientes.

O prato típico da cidade é a galinha de capoeira, chamada assim porque ela é criada a base de alimentos naturais, sem ração, farelos e outras coisas. Quem nos ensinou como fazer a galinhada foi Elenice, irmã do dono do restaurante, o Joseilson. A galinha fica cozinha por uma hora em uma panela de barro e leva poucos ingredientes: tomate, cebola, alho, pimentão, coentro, salsinha. O segredo do prato é mesmo a galinha, caipira e fresca, sem congelamento. (E o preparo vai estar disponível em vídeo no nosso Canal!! Acompanhe a aventura por lá também: youtube.com/provandoomundo)

Para acompanhar a galinhada, Elenice fez arroz com couve cortada bem fininha e feijão verde. Uma saladinha de alface e tomate cereja plantados ali mesmo também veio à mesa. Tudo muito simples, com cara de Brasil do interior. Ainda bem que ainda se conservam lugares como esse. É quase uma volta ao tempo, aos tempos de infância…e olha que não somos tão velhos assim.

Saindo do restaurante fomos ao apartamento gentilmente cedido por Vamberto. Trabalhamos um pouco, fizemos nosso jantar e quando achamos que o dia tinha terminado alguém nos chama lá de baixo: – Vinicius!

Era Carioca, dizendo que Leonice, dona de um pequeno restaurante “no centro” de Pilõezinhos nos aguardava para que provássemos as delícias que ela prepara.

Prontamente nos arrumamos e fomos lá. Leonice nos mostrou como prepara a sua versão da Galinha de Capoeira. Também nos serviu em uma mesa linda, macaxeira, arroz da terra, maxixe, quiabo e outras coisas mais. Tudo muito saboroso!!

Ter jantado duas vezes naquele dia nos deixou com peso na consciência. Mas o peso seria muito maior se não tivéssemos conhecido a cozinha de Leonice!

Saímos de lá levando uma pamonha doce bem artesanal, deliciosa, para comermos no dia seguinte. Pilõezinhos não estava no nosso roteiro, mas adoramos ter colocado a pequena cidade no mapa.

 

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