Dia de estreia do Brasil e também do México na copa do mundo. Enquanto no nosso querido e estimado país todos deveriam estar contando as horas para o jogo inicial, fazendo apostas e preparando o churrasco, aqui no México nada de muito agito. Sim, existem os mexicanos apreciadores da pelota, mas nada comparado ao que se passa no Brasil. Quer um exemplo?
O México ganhou da Alemanha – o campeão do último mundial (sabemos bem!) – e nenhuma super reação foi sentida nas ruas. Nenhum carro buzinando, nenhuma bandeira mexicana nas janelas das casas, ninguém vestindo a camisa da seleção. Não sei se essa parte do México é menos ligada ao futebol, só sei que no Brasil isso seria motivo de muita, muita festa.
A gente ficou feliz com a vitória do México, é claro. Além de estarmos na terra da seleção asteca ainda tinha o prazer da vitória ser contra a Alemanha, o time que nos deixou com aquele gosto amargo na Copa do Brasil. Mas acho que no quesito fanatismo somos mais mexicanos que brasileiros. Vinicius mesmo nem curte futebol. Eu tenho uma herança genética que me faz gostar um pouquinho e talvez esse pouquinho é que nos fez assistir ao primeiro tempo da partida entre Brasil e Suíça.
Hum, pensando bem não foi o gosto que meu pai tinha por futebol que me fez ver o jogo. Foi a casualidade de estarmos em um restaurante onde a televisão estava ligada na partida da “seleção carioca”, como o narrador mexicano insistia chamar a seleção do Brasil.
Justo quando fizemos o gol na Suíça saboreávamos um rico chipotle recheado. Chipotle é o chile jalapenho defumado. Ele tem uma leve picância e muito sabor. Recheado com carne de porco e frutas ele já ganhou o status de comida mexicana mais querida do Provando o Mundo!
A gente já comeu pimenta recheada tantas vezes que nem é mais novidade, mas seguimos provando sempre que podemos!
O que a gente provou nesse dia e que foi algo totalmente novo para os dois foi quiropraxia. Não, não é de comer. É uma forma de medicina alternativa praticada em vários países que trata desordens do sistema neuro-músculo-esquelético. Não sei explicar cientificamente nem o conceito nem a eficácia da parada só sei que me fez muito bem quando eu (achei que) nem estava precisando.
Depois de nove meses na estrada, passando a maior parte do tempo sentada e nem sempre tendo camas com colchões ortopédicos para dormir, o desalinhamento da coluna era evidente. Por isso posso dizer que Guillermo Rodiles apareceu em nosso caminho no momento certo!
No começo da sessão tive medo. Isso porque Vinicius foi antes e presenciei os movimentos rápidos e aparentemente dolorosos que Guille fazia com a coluna, braços, pernas e pescoço do meu estimado marido. “Relaxa, solta o corpo“, dizia ele, antes de dar um belo de um puxão.
Quando chegou a minha vez, a tensão no meu corpo era maior do que quando cheguei ali. Mas surpreendentemente senti melhora significativa na minha coluna e postura depois de apenas uma sessão. Sei que o método é controverso e há muita gente contra, mas o que posso dizer é que me fez sentir melhor, mesmo achando que estava bem.
Fato é que em uma coisa temos pecado na viagem: falta de exercício físico. A mudança constante – quase diária – na nossa rotina é o vilão da história. Ou a desculpa. Ou os dois.