O dia começou cedo pra gente. Se saímos do hostel dos surfistas? Não, acabamos ficando por lá mesmo. A ideia não me agradou de começo porque, como disse, aquela vibe super zen e nada asseada me incomodava um pouco. Entretanto, o preço era bom, havia a estrutura que precisávamos para trabalhar e sair procurando outro lugar nos faria perder mais tempo.
Acabou que o pessoal do hostal só deu as caras no ambiente compartilhado lá pelas dez da manhã, quando já havíamos feito muita coisa. Praia? Não, nem de longe. Passamos o dia nos afazeres do projeto…que nos mantém bem ocupados. Infelizes? Nem um pouco!
Quando se faz o que se gosta o trabalho é diversão e o tempo passa voando! E foi assim que entre o nascer e pôr do sol tudo passou muito rápido, apenas com uma parada para o almoço. Nossa atenção também foi desviada por instantes pelo barulho do skate do americano, da flauta da francesa e pelas conversas rápidas que trocamos com Luis, o chileno que conhecemos durante a travessia do Cânion del Pato no dia anterior e que veio se hospedar no “nosso” albergue a partir daquela quinta-feira.
Mas o dia só acabou mesmo quando Karla e Fernando, Suelen e Jean, dois casais de brasileiros viajantes que estavam hospedados em outro hostel vieram nos encontrar. Luis se juntou a gente e a festa estava armada. Preparamos bolinhos de arroz, buffalo wings e até uma paella emprovisada com frango. Pisco Sour, vinho, rum, cuba libre bridaram nosso encontro que teve muita conversa, muita risada e muita troca de dicas e experiências de quem está vivendo na estrada. Nossa noite brasileira super animada só acabou às quatro da manhã!