Nós sempre viajamos com nosso Toyota Bandeirante modelo curto, então já estamos acostumados com pouco espaço. Aliás, nossa primeira viagem juntos foi com um Ford Ká 1.0 a gás (pensa no que é não ter espaço).
Em uma viagem de 3 anos, intercontinental, temos que pensar em várias coisas e não somente no espaço interno.
A primeira coisa que pesquisamos foi a questão dos transportes marítimos. Existem basicamente dois modos de você enviar um carro de um continente para o outro pelo mar. Um é o famoso contêiner que a maioria já conhece e nessa modalidade você tem que ter um veículo que caiba em um retângulo de 2.34 x 2.34 x 5.96 (contêiner de 20 pés) ou em um retângulo maior, porém mais caro, de 2.34 x 2.34 x 11.54 (40 pés). Há algumas outras variações de tamanho, mas com diferenças mínimas. O outro modo é através do RO-RO, onde basicamente você entrega a chave do seu veículo para o responsável que irá dirigi-lo até o interior do navio e só pega de volta no outro continente. O grande problema do RO-RO é que lemos muitos relatos sobre furtos e que atualmente você não pode deixar pertences pessoais dentro do carro, enquanto que no contêiner você pode trancá-lo com o seu cadeado, além dos próprios lacres do porto, e ter a certeza de que ninguém irá mexer nas suas coisas.
Outro ponto importante sobre o tamanho do veículo é o percurso. Muitas vezes iremos passar por pontes que não suportam um veículo muito pesado, ou túneis onde um motorhome muito alto não poderá passar, ou ainda uma cidade onde as ruas do centro são muito estreitas, como acontece em muitas cidades da Europa.
Ainda tem a questão dos custos. Acho que é bem lógico que um veículo maior vai sair mais caro, tanto na hora da compra, quanto para manutenção, quanto taxas, pedágios, combustível, etc..
Aí ficamos com nossa pequena, mas grande SW4…