Dia 72 – 12 de novembro – Domingo: Pelas areias do Ceará

A cada chegada um sorriso. Na despedida, a sensação de que a nossa família aumenta. Com Marcondes, Maiara e Sofia não foi diferente. Pessoas incríveis, de bem, com uma energia boa, sabe? Tenho certeza de que nos veremos por aí outra vez.

Às nove da manhã pegamos estrada sentido Jericoacora. Cinco horas era o tempo estimado para chegar numa das praias mais bonitas do Brasil.

Bem antes de chegarmos, fomos parados pela polícia estadual e fomos (corretamente) multados. Tínhamos parados minutos antes para abastacer e o Vincius esqueceu de tirar os chinelos para dirigir…

Fomos notificados por causa da “chinela”, nas palavras do policial. Apesar de não ter tido excesso de poder na abordagem, o clima tenso permaneceu no ar.

Seguimos viagem e por volta do meio dia já estávamos na praia de Preá, vizinha à famosa Jericoacora. A ideia era chegar a Jeri pelas areias da praia. Enquanto Vinicius esvaziava os pneus para pegar a areia, eu (Dani) “preparava” o almoço dentro do carro mesmo. Lembra do pão de linguiça da tia Áurea? Ele foi nosso almoço enquanto dirigíamos pelas areias (volte alguns dias se você não sabe do que estamos falando rs) .

A paisagem era muito bonita, mas dirigir pelas areias fofas requereu atenção redobrada e comer naquela tensão – somada à adrenalina anterior da parada policial – não caiu muito bem para o Vi. Ou foi isso ou foi algo que só ele comeu e que fez mal para o seu estômago.

Chegando em Jeri, fomos direto ao estacionamento da Vila.

[Abro um parêntesis aqui para esclarecer como as coisas funcionam em Jeri:

Não é possível circular com carros particulares em Jericoacara. Você até pode ir até lá (se for 4X4), mas terá que deixar o carro no estacionamento oficial do Parque que custa R$20,00 a diária. De lá, carros oficiais te levam para o centro da Vila de Jeri ou para a pousada em que você está hospedado.

De Jijoca (a cidade mais próxima de Jeri) até Jericocoara o caminho é de areia, areia fofa. Então só chegam carros traçados. Se você não estiver devidamente motorizado, o jeito é deixar o carro em Jijoca e contratar o transporte local (que se não me engano custa R$20,00 por pessoa).

Chegando em Jeri você precisa pagar uma “taxa ambiental” para poder acessar o local. A taxa começou a ser cobrada em Agosto de 2017 e custa R$10,00 por pessoa. Guarde o papel que eles te entregam…você terá que devolver na saída].

Chegando ao estacionamento, Vinicius conversou com os atendentes que permitiram que pernoitássemos ali mesmo. Como o estacionamento era iluminado e funcionava 24 horas era ideal para a gente. O pessoal foi super gente boa e ainda nos cederam o chuveiro deles para tomarmos banho.

Instalados, Vinicius preferiu descansar um pouco para ver se melhorava. Uma hora depois, ainda mal do estômago, ofereci remédio que a muito custo ele aceitou.

Era quase 17 horas e o sol baixava. Resolvemos caminhar um pouco e ir até a Duna do Por do Sol. No caminho encontramos várias pessoas se dirigindo ao mesmo lugar. Uma procissão de peregrinos em busca um momento de rara beleza.

Já tínhamos lido relatos das pessoas comentando sobre o pôr do sol de Jeri e, de fato, é realmente fabuloso. Num espetáculo natural de vinte minutos você aprecia o sol encontrar o mar e ir se escondendo …. refletindo uma luz incrível no oceano.

E quando o sol desaparece, o encanto se quebra e o comércio local começa a se agitar em busca dos turistas, em especial as inúmeras tendas que vendem caipirinhas de todos os sabores.

Deixamos as caipirinhas de lado e voltamos ao estacionamento. Vinicius havia melhorado muito pouco. Não jantamos naquela noite à espera de que o mal estar passasse pela manhã.

Nem precisou esperarmos tanto.

Lá pelas onze da noite, Vinicius me acordou dizendo que estava prestes a golfar. E lá foi ele…colocar pra fora o que tinha lhe feito mal o dia todo. Melhor assim.

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