Dois de novembro: dia de visitar cova. Foi assim que um potiguar se referiu ao feriado de finados e fiquei refletindo sobre aquilo. Na nossa cultura, dia 2 de novembro pede uma visita ao cemitério, deixar uma flor no túmulo do ente querido que já se foi. E, se o dia de finados se resume a esse ritual, no final você está apenas “visitando uma cova”.
Por outro lado, se além disso (ou no lugar disso), você parar pra refletir sobre a vida e a morte, sobre os que já nos deixaram, a história pode fazer mais sentido do que apenas ter mais um feriado no calendário.
Dar uma volta ao mundo de carro pode não ser o seu sonho, mas certamente há algum escondido aí esperando você colocar a mão na massa (antes que você não esteja mais aqui!).
E quando nos damos conta que o tempo passa, que no final tudo acaba e nada levamos, os valores mudam, a visão do que é importante muda e, por fim, nossas escolhas mudam.
O que é importante pra você?
Fatalmente você terá que abrir mão de algumas coisas para realizar outras e isso faz parte do processo de valorização do que está sendo conquistado e da real importância que o seu projeto de vida tem pra você.
No nosso caso, tivemos que desapegar de várias coisas…coisas que já não nos fazem falta. Por outro lado, abrir mão do convívio diário com pessoas que você ama é super difícil. “Ah, mas a internet tá aí pra facilitar”. Sim! Mas a internet não me senta à mesa de jantar com a minha família às 19 horas nem me faz sentir o cafuné de minha mãe ou abraço da minha sobrinha.
O que temos aprendido nesse início de projeto é que se você tem coragem de mudar, você irá perder algumas coisas, algumas muito importantes.
Mas a vida é feita de escolhas. E cada uma delas te conduzirá por um caminho diferente. Se você estiver feliz é porque está no caminho certo.
Quais escolhas você tem feito?
Você está feliz?
Na minha opinião (Dani quem escreve aqui) é pra isso que deveria servir o dia de finados: para nos fazer refletir sobre essas perguntas, para nos lembrar da finitude das coisas…para nos darmos conta de que não existe nada além do agora.