Choveu durante toda a noite e parte da manhã. Mas a chuva era bem-vinda. O clima seco estava castigando a vegetação e a poeira nas estradas, como já disse por aqui, estava demais.
Tivemos um café da manhã completo e delicioso no Hotel Tijuco, que foi desenhado por Oscar Niemeyer a pedido do presidente Juscelino Kubitschek.
Os traços modernos contrastam com os casarões antigos da cidade de Diamantina. O hotel é bem amplo, mas só conta com 25 quartos, justamente porque foi desenhado apenas para receber a comitiva e Juscelino.
Às 7 horas já estávamos pegando estrada. Foram 650km até Uberlândia. Passamos por estradas asfaltadas e de terra. No trajeto era possível observar a mudança na vegetação e no clima. Eu, Dani, saí de Diamantina com três blusas de mangas compridas e cheguei em Uberlândia de camiseta.
As serras deram lugar ao cerrado e as curvas, às retas intermináveis. Paramos apenas para abastecer, almoçar rapidinho e revesar na direção. O sol desaparecia no horizonte quando chegamos na cidade. Paramos em um grande posto de combustíveis e aproveitamos para tomar um banho.
Logo Vinicius conseguiu contato com Fernando, um amigo de infância que não via há 22 anos. Chegamos a sua casa lá pelas 20 horas e o reencontro rendeu muita conversa. Fernanda, D. Vicentina e Biel, esposa, mãe e filho de Fernando, também nos fizeram companhia. Foi ótimo poder conhecer um amigo de que o Vinicius sempre falava. Praticamente uma parte da família que havia ficado em São Paulo quando ele se mudou para Santa Catarina. Estávamos praticamente em casa outra vez.